Após decidir pelo retorno do desembargador Sérgio Martins à presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e pela retirada da tornozeleira eletrônica, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a remoção dos dispositivos de monitoramento dos outros quatro magistrados envolvidos na Operação Ultima Ratio.
Essa decisão beneficia os desembargadores Sideni Soncini Pimentel, presidente eleito do TJMS, o vice-presidente eleito Vladimir Abreu da Silva, Marcos José de Brito Rodrigues e Alexandre Aguiar Bastos. Diferentemente de Martins, os quatro magistrados permanecerão afastados de seus cargos.
O grupo está sendo investigado pela Polícia Federal como parte da operação Ultima Ratio, que visa apurar possíveis crimes de corrupção relacionados à venda de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.
Além disso, o conselheiro do Tribunal de Contas, Osmar Jerônymo, também foi afastado de suas funções e continua utilizando a tornozeleira eletrônica. A ordem para a instalação do equipamento foi emitida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão. A operação foi desencadeada em 24 de outubro, mas os cinco desembargadores e o conselheiro do TCE-MS só tiveram os dispositivos instalados 12 dias depois.