Na última segunda-feira (3), uma criança de apenas 3 anos foi levada ao hospital de Anastácio (MS) pela mãe, de 22 anos, com ferimentos graves e evidentes sinais de desnutrição. Devido à gravidade da situação, a equipe médica acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar. No entanto, vizinhos afirmaram que já tinham feito 14 denúncias ao conselho.
Conforme o boletim de ocorrência, a PM já havia sido chamada ao hospital no dia anterior, por volta das 20h, após conselheiros denunciarem um caso de maus-tratos. O médico plantonista informou que o menino apresentava diversas lesões pelo corpo, incluindo na cabeça, queixo, braços e abdômen, além de estar desidratado. A condição crítica da criança exigiu sua transferência para um hospital em Campo Grande.
Durante o interrogatório policial, a mãe e a avó da criança apresentaram versões contraditórias. A mãe afirmou que havia deixado o filho aos cuidados da sogra enquanto estava em uma fazenda. Por outro lado, a sogra alegou que a nora morava com ela há cinco meses e costumava agredir a criança, mas não interferia na criação dele.
A mãe, em uma nova versão, acusou a irmã de ser a responsável pelas agressões, afirmando que a tia utilizava um cano de água e cadarço de tênis para bater no menino e até o amarrava. Ela ainda declarou que todos na casa tinham conhecimento dos maus-tratos, mas nada faziam para impedir.
A irmã da mãe negou as acusações, afirmando que a verdadeira agressora era a própria jovem, além de relatar que o ambiente era marcado pelo consumo frequente de bebidas alcoólicas na presença da criança.
Todos os envolvidos foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos, enquanto a criança permanece sob os cuidados do Conselho Tutelar. O caso gerou grande indignação na cidade, com uma testemunha relatando à imprensa que a criança exalava um forte odor e que a cena era desoladora.
“A situação era muito triste. Esse caso precisa ser discutido, não precisamos ir tão longe para ver essas coisas. Foi horrível!” – desabafou a testemunha.
Atualmente, a criança recebe atendimento médico adequado em Campo Grande, e o caso segue sob investigação para esclarecer responsabilidades e garantir sua proteção.