Mais uma vez, a Santa Casa de Campo Grande, um dos principais hospitais de Mato Grosso do Sul, enfrenta um problema grave: a superlotação. Para a unidade, com isso, há risco na assistência dos pacientes.
Na tarde desta quarta-feira, 11 de dezembro, o hospital informou em nota que registrou um total de 84 pacientes no pronto-socorro. Na Unidade de Decisão Clínica – Crítica (Área Vermelha), com capacidade contratual para 6 leitos, há atualmente 16 pacientes. Na Unidade de Decisão Clínica – Não Crítica (Área Verde), que possui 7 leitos em contrato, estão internados 47 pacientes.
Com o problema, a pressão aumenta sobre os profissionais. “Além da sobrecarga porque temos número muito abaixo do pretendido de colaboradores que não conseguem dar conta da alta demanda”, afirma uma enfermeira, que pediu para ter o nome preservado.
Segundo a médica intensivista e gerente de inteligência e regulação hospitalar, Patrícia Berg, com o hospital superlotado, os riscos aumentam. “Mesmo com nossa estrutura de UTI e recursos diagnósticos, a sobrecarga impede que os pacientes acessem esses serviços de maneira otimizada”. O que também sobrecarrega são pacientes que podem ser atendidos nas unidades básicas de saúde. “Estamos tomando medidas para otimizar o fluxo de pacientes, incluindo transferências para outras instituições e agilizando as altas”, afirmou.