A Prefeitura de Campo Grande deu início a uma ação integrada para recuperar a área anteriormente ocupada pela comunidade Mandela, localizada às margens do córrego Segredo. A iniciativa envolve a atuação conjunta da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semades), do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).
O local é classificado como Área de Preservação Permanente (APP) e, por isso, o objetivo da intervenção é garantir a proteção ambiental, impedir novas ocupações irregulares e devolver à região sua função ecológica. A ação segue as diretrizes da Lei Complementar Municipal nº 184/2011, que regulamenta o uso e a preservação dessas áreas em Campo Grande.
A operação de revitalização inclui remoção de entulhos, movimentação de terra para facilitar o escoamento da água, plantio de árvores, cercamento da área e desligamento de redes clandestinas de água e energia elétrica. Os trabalhos começaram na semana passada com apoio de maquinários pesados.
“Agora que finalizamos o reassentamento das 181 famílias, nosso compromisso é com a recuperação ambiental desta área, assegurando que ela seja preservada conforme as determinações legais”, afirmou Claudio Marques, diretor-presidente da Emha. “Estamos trabalhando para garantir que o espaço seja devidamente protegido e utilizado de forma sustentável”, completou.
Reassentamento concluído
A ação de recuperação ambiental só foi possível após a conclusão do reassentamento das famílias da comunidade Mandela, que viviam há quase uma década em condições precárias na região. Em março de 2025, a Prefeitura finalizou o processo de mudança das 181 famílias para novas unidades habitacionais construídas nos bairros José Tavares e Jardim Talismã.
O reassentamento ganhou força após o incêndio ocorrido em novembro de 2023, que destruiu parte da comunidade. Em resposta, a prefeita Adriane Lopes acelerou o processo, assinando o Termo de Colaboração para a construção das casas em janeiro de 2023. Apenas 23 dias após o incêndio, todas as famílias já tinham seus lotes definidos. As primeiras moradias começaram a ser entregues em junho do mesmo ano, marcando um novo começo para centenas de moradores.
A Prefeitura segue comprometida em promover o uso sustentável do solo urbano, com foco na preservação ambiental e na qualidade de vida da população campo-grandense.