Nesta quinta-feira (03), a Polícia Civil, por intermédio da delegacia de Brasilândia, concluiu a investigação sobre um crime de abuso sexual infantil ocorrido na última sexta-feira. A vítima, uma criança de apenas dois anos, foi atendida inicialmente no hospital local e, posteriormente, encaminhada para Campo Grande. O padrasto, principal suspeito, foi preso em flagrante e, inicialmente, negou as acusações.
Durante as investigações, foram apreendidos uma fralda com vestígios de sangue e um lençol, objetos encaminhados à perícia para exames. Houve coleta de material genético do suspeito, além de depoimentos de várias testemunhas, incluindo a mãe da vítima. Exames apontaram lesões na cabeça da criança, uma marca de mordida e graves ferimentos em sua genitália.
Em um novo interrogatório, nesta terça (01), o suspeito confessou parcialmente o crime, alegando que teria acordado com o choro da criança, que supostamente teria caído da cama e machucado a cabeça. Ele afirmou que, ao trocar e dar banho na vítima, acabou, por estar nervoso, introduzindo dois dedos na genitália da criança, causando as lesões. Segundo ele, ao perceber o sangramento, subestimou a gravidade do ferimento e foi trabalhar. Em relação à mordida, afirmou que foi o cachorro de estimação.
Contudo, laudos periciais e demais indícios obtidos durante a investigação contradizem essa versão. As provas apontam que a lesão na cabeça da criança foi causada por agressão em razão de trauma contuso, a mordida é compatível com a de um ser humano adulto, e as lesões genitais foram graves e provocadas intencionalmente.
O suspeito permanece preso e foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável majorado, lesão corporal no contexto de violência doméstica e tortura majorada. No caso em questão, o autor não apenas cometeu abuso sexual, mas também submeteu a vítima a agressões físicas, como as mordidas e demais lesões, com o objetivo de puni-la ou submetê-la ao sofrimento.