Nesta terça-feira (21), uma ação conjunta entre o Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia Regional de Dourados e a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), culminou na Operação ‘Código de Barras’. A operação visava desmantelar uma organização criminosa especializada em golpes de estelionato em larga escala, utilizando boletos bancários fraudulentos.
A investigação revelou que a quadrilha era comandada a partir de Goiânia, onde sua célula central estava instalada. A operação, deflagrada nas primeiras horas da manhã, envolveu mais de 100 policiais civis em cinco cidades goianas: Goiânia, Iporá, Trindade, Itaguaru e Israelândia.
Durante a operação, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, além de 6 mandados de prisão preventiva, todos expedidos pelo Poder Judiciário da Comarca de Dourados, Mato Grosso do Sul, após investigações detalhadas pelo SIG.
Os criminosos utilizavam tecnologia avançada e estratégias complexas para falsificar boletos bancários, distribuindo-os às vítimas e utilizando uma vasta rede de pessoas e contas bancárias para receber os lucros ilícitos. Os golpes resultaram em prejuízos financeiros superiores a R$ 1 milhão, impactando pessoas físicas e jurídicas em diversos estados.
A execução da operação permitiu a apreensão de documentos, dispositivos eletrônicos, dinheiro e outros materiais que serão analisados minuciosamente. Essas provas ajudarão a identificar outros membros da quadrilha, rastrear os valores desviados e garantir a responsabilização criminal de todos os envolvidos.
A operação destaca a importância da cooperação interestadual no combate ao crime organizado. O delegado titular do SIG-Dourados, Erasmo Cubas, afirmou que “a integração entre a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e a Polícia Civil de Goiás foi crucial para o sucesso da ação, reforçando o compromisso das instituições com a repressão a crimes complexos e a proteção dos direitos da sociedade”.
A Operação ‘Código de Barras’ foi iniciada pelo SIG de Dourados em fevereiro de 2024, após um golpe da organização criminosa nos dias 29 de fevereiro e 1º de março, que gerou um pagamento indevido de mais de meio milhão de reais por um funcionário de uma lotérica.
Com o objetivo de identificar os membros e a estrutura organizacional da quadrilha, as investigações envolveram técnicas de inteligência, interceptações telefônicas e quebras de sigilo bancário. Isso permitiu mapear o organograma da organização, cuja base estava em Goiânia.
Com a conclusão das investigações, o Poder Judiciário expediu 26 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão, resultando na coleta de informações cruciais para a desarticulação completa da quadrilha.