Já consolidada na Assembleia Legislativa, a união entre o PSDB e o PP deve se repetir na Câmara Municipal com a indicação do vereador Papy (PSDB) para presidir a Casa de Leis em Campo Grande (MS).
Com 25 assinaturas de apoio dos 29 vereadores e vereadoras, Papy também conseguiu o apoio do governador Eduardo Riedel e é bem visto pela senadora Tereza Cristina (PP), selando assim a aliança entre os tucanos e os progressistas, semelhante à que ocorre na Assembleia, onde Gerson Claro, do PP, comanda a Mesa Diretora.
Outros apoios importantes conquistados por Papy, que vai assumir seu terceiro mandato, vêm do setor produtivo e do alto escalão do governo tucano. O presidente da FIEMS (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, fez questão de elogiar publicamente o vereador e declarou que, se fosse vereador, votaria nele para a presidência, ressaltando que nas urnas depositou seu voto no tucano.
Tereza Cristina não faz objeção ao nome do tucano
Outro nome que apoia fortemente a chapa de Papy nos bastidores políticos é o secretário de Governo, Rodrigo Perez, que foi um dos primeiros a apoiar a candidatura que tem o vereador Carlão (PSB) como 1º secretário.
Em entrevistas anteriores ao jornal A Onça, o governador Eduardo Riedel afirmou que prefere “não se envolver diretamente”, mas que conversou com as pessoas mais próximas, sem esconder sua preferência pelo nome de Papy.
No entanto, mesmo com as assinaturas e os apoios significativos, Papy opta por manter o esforço pela coalizão. “Já conversei com os vereadores e continuo buscando uma coalizão para que não tenhamos desgastes. E eleição só se ganha quando acaba, mas mesmo vencendo a chapa da prefeita Adriane, deixo claro que estarei aberto ao diálogo. Confio na palavra daqueles que assinaram a nossa lista”, afirmou.
Ele deve disputar a presidência com Beto Avelar (PP), que é o candidato da prefeita Adriane Lopes e, até o momento, não aceitou compor a chapa com os tucanos e demais vereadores. Nesse caso, Avelar conta com a desistência de outros vereadores que ainda apoiam o tucano, para que então formarem uma chapa. Até agora eles só conseguiram “persuadir” Leinha e Wilson Lands, do Avante, que mudaram de lado.