Unidade hospitalar realizou o 11° transplante de medula óssea desde que recebeu autorização do Ministério da Saúde para realizar o procedimento, em agosto de 2022
A última quinta-feira (12) foi marcada por uma feliz notícia para o professor Celso Israel de Oliveira, 63 anos. O dia em que soube da “pega” da medula, após ser diagnosticado com mieloma múltiplo e passar por um transplante autólogo de medula óssea, no Hospital Cassems de Campo Grande.
Os primeiros sintomas apareceram em novembro de 2023, após se sentir muito cansado em um exame de rotina e ter constatada uma anemia muito profunda, procurou um especialista e teve detectado o mieloma múltiplo, um câncer que ataca os plasmócitos, responsáveis pela produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias. No mieloma múltiplo, os plasmócitos se multiplicam rapidamente e comprometem a produção das outras células do sangue.
Para o professor Celso, o sentimento é de muita alegria por poder voltar à rotina. “Estou sentindo que nasci de novo, que vou ter mais uma oportunidade de continuar trabalhando, cuidar dos meus afazeres. Eu tenho uma mãe velhinha, de 84 anos, que mora comigo, que cuido e vou voltar a rotina com ela. Eu só tenho que agradecer, a Cassems é uma maravilha, as pessoas são espetaculares. Deus tem feito um trabalho maravilhoso aqui, porque dá sabedoria a esses médicos, a esses enfermeiros, a todos que trabalham no hospital”, afirma Celso.
O transplante foi realizado no dia 28 de novembro e o beneficiário da Cassems contou sempre com a companhia da irmã, Soraia Campos, que relata a oportunidade de ser uma pessoa melhor após todo o tratamento. “Eu agradeço a Deus todos os dias por ter este hospital, por ter esta equipe. É um acolhimento, uma humanidade maravilhosa. É um tratamento com carinho, com qualidade. A gente estava esperando essa alta para o dia 22 e ele foi tão bem no processo que nós estamos saindo daqui dez dias antes. Vamos voltar para a nossa casa, com uma vida nova, porque Deus está dando essa oportunidade a ele, de uma nova vida e creio que nós todos passamos a ser pessoas ainda melhores a partir de agora”, disse Soraia.
Para a hematologista Soraia Romanini, ver o paciente receber alta após 13 meses de tratamento é satisfatório. “Ele teve algumas intercorrências no período, uma cirurgia para retirar a vesícula, depois o primeiro protocolo de quimioterapia, que não teve a resposta ideal. Nós aguardamos, realizamos outro protocolo e ele pôde ir para o transplante no melhor momento possível. Felizmente, foi um transplante que deu tudo certo, correu tudo bem, afirma Romanini.
Segundo o oncologista Renato Yamada, após a alta, o próximo passo é continuar acompanhando o paciente. “Ele veio com o diagnóstico de mieloma múltiplo e com a indicação de fazer o transplante de medula óssea, foi super bem-sucedido e vai continuar seguindo com a gente”, disse Renato. Para o oncologista, a equipe está sempre pronta para cuidar de mais beneficiários do plano. “Mais um caso de sucesso, o 11º transplante e vamos continuar com toda a equipe trabalhando para ter esse atendimento cada vez melhor”, relata Yamada.