Mato Grosso do Sul registrou uma safra histórica de etanol em 2024/25, alcançando a marca de 4,2 bilhões de litros e consolidando-se como o quarto maior produtor do país. O avanço, impulsionado pelo etanol de milho, foi anunciado nesta terça-feira (25) pela Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), durante a abertura da Expocanas 2025, em Nova Alvorada do Sul.
Apesar de uma redução de 5,1% na moagem de cana-de-açúcar, que totalizou 48,5 milhões de toneladas, a produção de etanol cresceu 10% em relação à safra anterior, graças à forte participação do etanol de milho, que representou 37% do total produzido. Já a produção de açúcar manteve-se estável, atingindo 2 milhões de toneladas.
Para Amaury Pekelman, presidente da Biosul, a complementariedade do etanol de milho e a resiliência do setor foram cruciais para os bons resultados. “Mesmo com eventos climáticos adversos reduzindo a moagem de cana, conseguimos manter a capacidade produtiva e gerar resultados importantes para a economia do estado”, destacou.
As projeções para a safra 2025/26 são ainda mais otimistas. A expectativa é de um crescimento de 3,5% na moagem de cana, atingindo 50,5 milhões de toneladas, e um aumento de 11% na produção de etanol, chegando a 4,7 bilhões de litros. A produção de açúcar também deve saltar 30%, alcançando 2,6 milhões de toneladas.
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 22 usinas de bioenergia em operação, sendo 19 dedicadas à cana e três ao milho, empregando cerca de 30 mil trabalhadores. O setor responde por 17% do PIB Industrial do estado e desempenha um papel crucial na descarbonização, evitando a emissão de 13,7 milhões de toneladas de CO2 entre 2020 e 2024 – o equivalente ao plantio de 89 milhões de árvores.
“A Expocanas é um espaço estratégico para reforçar parcerias e mostrar ao Brasil que Mato Grosso do Sul está na vanguarda da bioenergia, impulsionando o desenvolvimento econômico e sustentável”, concluiu Pekelman.