O Museu das Culturas Indígenas, na capital paulista, abre uma instalação fotográfica neste sábado (1º) com o objetivo de discutir as narrativas indígenas que se fazem presentes no carnaval.
A instalação Representatividade x Representação: é só uma homenagem?, mostra por meio de fotografias as memórias de escolas de samba que levaram para os Sambódromos do Anhembi, em São Paulo, e da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, a temática indígena.
Notícias relacionadas:Museu de Ciências da Terra será revitalizado no Rio.Bloco Filhos de Gandhy tira regra que proibia homens trans no desfile.TV Brasil transmite desfiles das escolas de samba de São Paulo.A instalação conta com uma visita conduzida por indígenas do programa educativo do museu, que vão compartilhar as tradições ancestrais e discorrer sobre como as representações carnavalescas podem reforçar estereótipos sobre esses povos.
A exposição, que vai até o dia 30 de março, pretende mostrar ao visitante a diferença entre representatividade e representação, buscando conscientizar a população sobre a inclusão dos povos originários não somente nos desfiles, mas também na criação de fantasias e na composição de músicas. Também pretende discutir sobre o uso de cocar, vestimentas, pinturas e grafismos corporais, adereços que estão ligados à identidade cultural de cada etnia, e que são usados de forma estereotipada durante o carnaval.
Desfile
Além da inauguração da instalação, o museu vai participar do desfile da Mocidade Unida da Mooca, no domingo (2), às 22h.
Este ano, a escola de samba vai homenagear o escritor e filósofo Ailtron Krenak, que vai participar do desfile.
Outras informações podem ser consultadas no site do museu.