A mineração em Mato Grosso do Sul tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, consolidando-se como um setor estratégico para a economia estadual. Entre 2020 e 2024, o Valor da Produção Mineral (VPM) do Estado atingiu R$ 11,8 bilhões, refletindo a expansão do setor.
Em 2024, Mato Grosso do Sul posicionou-se como o 10º estado brasileiro em arrecadação de royalties da mineração, totalizando R$ 69,1 milhões, apesar de uma queda de 16,3% em relação a 2023. A escassez hídrica da hidrovia do rio Paraguai foi um dos fatores que contribuíram para essa redução.
Nos últimos quatro anos, o Estado arrecadou R$ 375,05 milhões em royalties. Corumbá, uma das cidades mais importantes para o setor, produziu um valor de R$ 1,43 bilhões em 2024, com empresas como Lhg Mining, Vetria Mineração e 3A Mining liderando a produção. Contudo, a crise hídrica na hidrovia do Rio Paraguai levou a um aumento no tráfego rodoviário pela BR-262, com mais de 700 caminhões trafegando diariamente, preocupando as autoridades com os danos à infraestrutura.
O Grupo J & F (Lhg Mining) anunciou um investimento de R$ 5,5 bilhões na mineração de ferro e manganês em Corumbá e Ladário, buscando fortalecer a economia local. A Mineradora Vetorial se destacou como a primeira do Centro-Oeste a produzir gusa verde, promovendo práticas sustentáveis.
O governo estadual, em parceria com a Agência Nacional de Mineração, tem intensificado a fiscalização e a segurança das barragens de rejeito de minério. Em 2024, visitas técnicas às mineradoras de Corumbá e Ladário reforçaram a importância da prevenção de incêndios, demonstrando o compromisso com boas práticas ambientais.
Este crescimento do setor mineral em Mato Grosso do Sul traz oportunidades econômicas significativas, mas exige soluções equilibradas entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.