Caroline Florenciano dos Reis Rech, 30 anos, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva ainda ontem (11) em Naviraí (MS). Ela foi flagrada torturando e dopando crianças e até mesmo uma bebê de onze meses, após monitoramento da Polícia Civil. Caroline, dona da creche “Cantinho da Tia Carol” foi presa junto com uma auxiliar, de 26 anos, que foi solta após pagar fiança no valor de R$ 1,3 mil.
O caso veio à tona após uma ex-aluna da creche particular, apresentar choro constante, crise de pânico e até vômito. A escola do município em que a pequena estuda notou a situação e ela acabou relatando que não foi vítima de agressão, mas presenciou sessões de tortura.
“Ela viu uma das cuidadoras colocar pano na boca de crianças para que a criança pudesse ficar em silêncio para que ela pudesse assistir séries e também bater a cabeça de bebês contra o sofá para que eles ficassem quietos. Houve relatos de administração de medicamentos para que essas crianças dormissem e assim parassem de chorar”, contou a delegada titular da DAM, Sayara Quinteiro Martins Baetz.
Segundo a polícia a cuidadora de 26 anos, não participava dessas sessões de tortura. “Pelo contrário tinha o comportamento mais carinhoso com às crianças. Mas a partir de agora com esses novos indícios surgindo vamos investigá-la também por omissão”.
A reportagem do jornal A Onça publicou o áudio da mãe de um bebê de 1 ano e 9 meses que ficava na creche e contou horrorizada tudo que acontecia.
“Ela estava dopando [as crianças]. Perguntei desde quando e se ela dopou meu filho. Ela batia muito, batia muito nas crianças, tem vídeos dela maltratando muito as crianças. Batendo na cara. Tinha uma mãe com uma bebezinha e estava fazendo exame de corpo de delito, foi a que mais apanhou na cara. E a vagabunda que ajuda ela [dona da creche] ia sair. Pagou fiança”, relatou a mãe.
Nervoso?
Na delegacia ela relatou que uma das crianças quebrou a televisão por isso estava nervosa o que a levou a jogar a criança na cama e justificou “uns tapinhas no rosto” para que ela pudesse dormir. Sobre a medicação negou que estivesse dopando os pequenos, mas a delegada desmentiu sua versão já que ele foi apreendido no local.
Ela chegou a apresentar um documento em que alguns pais permitiam usos de medicamentos nas crianças, mas conforme explicou a delegada são remédios específicos e em momento algum foi autorizado dopar os alunos.