Começa hoje (17) o julgamento de Jamil Name Filho, conhecido como ‘Jamilzinho’, réu pela execução do estudante Matheus Coutinho Xavier, morto por engano em abril de 2019.
O júri já tinha sido adiado três vezes e dessa vez a defesa também tentou, mas não conseguiu adiar. Além de Jamilzinho mais duas pessoas são réus.
Matheus foi morto na casa dos países na Rua Antônio Vendas, no Jardim Bela Vista em Campo Grande (MS). O alvo, no entanto, era o pai dele, Paulo Xavier, o PX. Ele prestava serviços para os Name, porém teria virado desafeto e então virou alvo. Ele é ex-capitão da Polícia Militar
Bastante esperado, o júri popular terá Cristiane Coutinho, mãe de Matheus como assistente de acusação.
São mais de 15 testemunhas a serem ouvidas pela morte do estudante e PX será ouvido na condição de informante.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Jamilzinho e o pai, Jamil Name, junto a mais cinco pessoas, estariam envolvidos na execução de Matheus Coutinho.
Faixas na cidade
Tradicional em Mato Grosso do Sul, a família Name, dona de várias empresas e que tem nomes na política em Mato Grosso do Sul, é apontada como organizadora de um grupo de extermínio para fazer a maior matança já vista na história do Estado.
De acordo com o MPE a ‘ideia’ era matar “de picolezeiro a governador” que atrapalhassem os planos da família. Tanto que, Paulo Xavier espalhou pela cidade faixas com a célebre frase que foi flagrada em escutas.
Ainda de acordo com as investigações as mortes eram “encomendadas” e executadas tanto por questões profissionais ou de ordem pessoal.
Julgamento longo
De acordo com as informações levantadas a previsão é que o julgamento dure a semana toda, e o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, reservou a semana para que o júri seja feito.
“Jamilzinho” é réu apontado como mandante do crime de pistolagem, o ex-guarda civil Marcelo Rios, e o policial Vladenilson Olmedo. Segundo a acusação os dois agentes de segurança teriam intermediado a contratação de assassinos de aluguel.
Eles estão estão presos no presídio de segurança máxima de Mossoró (RN).
Jamil Name, também era réu pela morte de Matheus, ele morreu na cadeia, em maio de 2020, vítima da covid-19.