Na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira 2, em Campo Grande, as máquinas de costura movidas por internos estão transformando vidas ao produzir enxovais hospitalares em colaboração com o Hospital São Julião. Essa iniciativa não apenas capacita os detentos, mas também apoia diretamente a saúde pública.
Desde o início da parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e o Hospital São Julião, mais de 600 itens hospitalares já foram confeccionados. A parceria surgiu para suprir a dificuldade do hospital em encontrar mão de obra para costura de paramentos, essenciais para mais de 70 cirurgias diárias. Enquanto o hospital fornece os insumos, a penitenciária disponibiliza mão de obra e maquinário.
Carlos Augusto Melke, presidente da Associação Beneficente de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos, elogia o projeto: “Graças à Agepen, mantemos a qualidade no atendimento.” Já o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, destaca o impacto positivo na ressocialização: “Oferecemos uma oportunidade real de reintegração à sociedade.”
Os internos também sentem o impacto. Um deles, identificado como R.P.V., compartilha: “Esse trabalho me dá reconhecimento e a chance de ajudar. Quero continuar nessa profissão ao sair.”
Com 38,7% dos internos do estado participando de atividades laborais, acima da média nacional, Mato Grosso do Sul se destaca na busca por inclusão e reintegração social. Parcerias como esta reforçam o compromisso em reduzir a reincidência criminal e oferecer novas perspectivas para os reeducandos.