Os consumidores de Mato Grosso do Sul atendidos pela Energisa MS terão um reajuste de 0,69% na conta de luz a partir desta terça-feira (8). Apesar da alta, o índice ficou bem abaixo da inflação do período — que foi de 8,46% —, segundo dados do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS (Concen-MS).
A mudança faz parte do Reajuste Tarifário Anual autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e abrange 74 municípios do estado atendidos pela concessionária.
Para os consumidores de baixa tensão, como residências e pequenos comércios, o reajuste será de 0,69%. Já para os de média tensão — geralmente grandes consumidores e empresas — a alta será de 3,09%.
Segundo o Concen-MS, o reajuste menor foi possível graças a uma combinação de fatores, entre eles a devolução de tributos, o encerramento de encargos emergenciais e a redução de custos no setor elétrico.
Veja os principais fatores que amenizaram o reajuste:
- Devolução do PIS/Cofins (-1,91%)
A devolução de R$ 151,74 milhões à base de clientes da Energisa MS se deve a uma decisão do STF, que retirou o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. Essa compensação reduziu o reajuste em quase 2%. - Encerramento da Conta Covid (-1,68%)
Criada durante a pandemia para socorrer distribuidoras, a Conta-COVID foi totalmente quitada em setembro de 2024. - Fim da Conta Escassez Hídrica (-1,71%)
Outro encargo emergencial que impactou as tarifas nos últimos anos também chegou ao fim, contribuindo para a queda no valor. - Redução nos custos de transmissão (-1,24%)
A queda nas tarifas de uso de sistemas de transmissão e distribuição ajudou a aliviar ainda mais o índice.
Além disso, outros fatores técnicos, como ajustes em contratos com distribuidoras e menores custos na rede básica, transporte de Itaipu e encargos setoriais, também puxaram os valores para baixo.
No fim das contas, mesmo com uma inflação acumulada de 8,46% no período, a tarifa média terá alta de apenas 1,33%. O Concen-MS afirma que o reajuste é resultado de esforços do setor elétrico em repassar compensações aos consumidores.
O novo valor já entra em vigor nas próximas faturas.