O custo da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) no mês de fevereiro. Os maiores aumentos foram registrados em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%) e Natal (2,28%). Já Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%) foram as únicas cidades onde o valor caiu.
São Paulo segue com a cesta básica mais cara do país, custando R$ 860,53, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 814,90) e Florianópolis (R$ 807,71). Já os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 580,45) e Recife (R$ 625,33).
A alta nos preços foi impulsionada principalmente pelo aumento do café, que subiu até 23,81% em Florianópolis, e do tomate, que registrou altas expressivas em Recife (44,52%) e Belo Horizonte (24,52%). Por outro lado, o óleo de soja e o feijão tiveram quedas em quase todas as capitais.
O estudo também revelou que um trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em média, 51,46% de sua renda líquida para adquirir a cesta básica. Em São Paulo, onde o custo é o mais alto, o DIEESE estima que o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.229,32 – valor 4,76 vezes maior que o atual mínimo de R$ 1.518,00.
A tendência de alta nos preços pode continuar nos próximos meses, pressionando ainda mais o orçamento das famílias brasileiras.