Com a licença de 120 dias do vereador Claudinho Serra (PSDB) o suplente Lívio Leite, do União Brasil, foi convocado para o cargo pelo presidente da Câmara Municipal vereador Carlão, no entanto, de olho na vaga foi aberta uma “disputa inócua” pela cadeira. O oitavo suplente na chapa que foi eleita em 2020, Gian Sandim, afirmou que vai buscar judicialmente para assumir o cargo, alegando que Lívio saiu do PSDB.
No entanto, segundo pesquisas jurídicas e advogados especialistas em direito eleitoral questionados pela nossa reportagem não há procedência no pleito de Sandim. Apesar de ter feito a troca partidária, o médico Lívio Leite usou a chamada janela partidária, que é prevista pela legislação.
De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2024, a troca de legenda partidária poderia ocorrer de 7 de março a 5 de abril, prazo final para filiação, exigido em lei para quem pretende concorrer às Eleições Municipais deste ano. A janela partidária é aberta em qualquer ano eleitoral, seis meses antes da votação.
Lívio apresentou pedido de desfiliação do PSDB em 27 de março deste ano e que foi assinada pelo partido em 2 de abril, ou seja, três dias antes do fechamento da chamada janela. A diplomação já foi feita pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) na semana passada e a posse deve acontecer nesta quinta-feira (16).
89º lugar
Lívio obteve 2772 votos nas eleições de 2020 quando disputou a reeleição., mais que o dobro dos votos recebidos por Gian Sandim, que teve 1227 votos ficando em 89º lugar na disputa, sendo sequer diplomado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Delegado na lista
E ainda que não fosse, antes dele está ainda o ex-vereador Delegado Wellington que continua filiado ao partido tucano, conforme documentação disponibilizada pelo TSE e disponível para consulta pública.
Vale lembrar que o médico será o quarto a assumir a cadeira que foi deixada por João Cesar Mattogrosso, que em 2023 saiu para assumir como deputado estadual na Assembleia Legislativa dando lugar ao suplente Ademir Santana. Ademir renunciou ao cargo no começo deste ano e Claudinho Serra assumiu.
No entanto, Claudinho foi preso no mês passado suspeito de participar de um esquema de corrupção na cidade de Sidrolândia, onde foi secretário de finanças na gestão da sogra, a prefeita Vanda Camilo.
Após 15 dias ele foi solto, porém com o uso de tornozeleira eletrônica e pediu afastamento para tratamento de saúde. Faltando três sessões para “perder o cargo”, ele apresentou novo pedido de licença, dessa vez de 120 dias o que ocasionou o chamamento de Lívio.
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