Uma estrela solitária brilha sobre a América do Sul. O Botafogo conquistou seu primeiro título da Copa Libertadores na tarde deste sábado (30), ao derrotar o Atlético-MG por 3 a 1.
Os gols do Botafogo foram anotados por Luiz Henrique, Alex Telles, em cobrança de pênalti, e Júnior Santos. Para o Galo, Eduardo Vargas marcou após um escanteio cobrado por Hulk.
O Botafogo enfrentou a expulsão do volante Gregore, que foi penalizado com cartão vermelho logo aos 29 segundos de jogo, após uma entrada forte em Fausto Vera. Artur Jorge decidiu não realizar substituições, optando por reforçar a defesa com Marlon Freitas.
Luiz Henrique foi o destaque da partida, abrindo o placar e sofrendo o pênalti em um lance em que se empenhou até o fim. Ele pressionou Arana, que tentava proteger a bola, e acabou derrubado pelo goleiro Everson.
No segundo tempo, o Galo fez três alterações ofensivas, conseguiu diminuir a diferença e impôs pressão ao Botafogo. Os jogadores Paulinho, Vargas, Bernard, Hulk e Deyverson formaram um quinteto de ataque.
Antes da partida, o famoso tenista Novak Djokovic entrou em campo exibindo o troféu da Libertadores. O sérvio está em Buenos Aires para um jogo de exibição neste domingo (1) contra Martín Del Potro, que se despede das quadras. O pré-jogo contou ainda com a presença do rapper Djonga e do humorista Marcelo Adnet, que apresentaram músicas representativas das torcidas do Atlético-MG e do Botafogo, respectivamente.
O ambiente ao redor do Monumental de Nuñez foi de harmonia, com provocações amistosas entre as torcidas. Os atleticanos entoavam “Botafogo é bairro”, enquanto os botafoguenses respondiam com “uh, tá maneiro, meia dúzia de mineiro”, brincando sobre a quantidade de torcedores presentes na capital argentina.
Botafogo supera expulsão e conquista o título
Qualquer expectativa que os torcedores tinham para a final foi alterada logo no início, aos 29 segundos, quando Gregore foi expulso após uma falta em Fausto Vera. Com um jogador a menos, o Botafogo adotou uma postura mais reativa, mas Artur Jorge manteve a equipe sem substituições. Marlon Freitas recuou para uma posição mais defensiva, ajudando a marcar Hulk.
Próximo dos 30 minutos, Artur Jorge conversou com seus jogadores durante uma parada. Após o bate-papo, Luiz Henrique e Savarino tabelaram pela esquerda, resultando em um chute de Marlon Freitas que desvio em Battaglia, permitindo a Luiz Henrique finalizar com força e abrir o placar.
Sete minutos depois, Luiz Henrique voltou a ser crucial. Em uma bola recuada para Everson, ele se intrometeu entre Arana e o goleiro, foi derrubado e, após revisão no VAR, o pênalti foi marcado. Alex Telles converteu a cobrança e ampliou o marcador.
No segundo tempo, Milito fez três substituições ofensivas, colocando Mariano, Bernard e Vargas em campo. Com as mudanças, Hulk passou a atuar aberto pela direita, em vez de ser marcado por Marlon Freitas. O Galo formou um ataque com Bernard e Hulk pela direita e Paulinho e Vargas pela esquerda, com Deyverson na frente.
O Galo conseguiu diminuir logo no início do segundo tempo, após um escanteio bem cobrado por Hulk que encontrou a cabeça de Vargas. A partir daí, a pressão foi intensa, mesmo após Artur Jorge ajustar o meio-campo com Danilo Barbosa e Marçal.
O Botafogo resistiu à pressão até que, nos minutos finais, Júnior Santos fez uma jogada impressionante na área, tentando passar para Matheus Martins, mas a bola retornou para ele, permitindo que fechasse o placar.