O ano de 2024 trouxe avanços significativos no combate ao HIV em Mato Grosso do Sul. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) distribuiu mais de 2,3 milhões de preservativos externos, 40 mil preservativos internos e 120 mil testes rápidos para HIV aos municípios, reforçando o compromisso com a prevenção e o diagnóstico precoce.
Além disso, foram fornecidas 4 mil latas de fórmula infantil para crianças expostas ao HIV, como parte das ações de prevenção da transmissão vertical. As iniciativas incluíram a ampliação da testagem rápida em todas as unidades básicas de saúde e a oferta de profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP). Atualmente, 10.936 pessoas vivendo com HIV no estado estão em tratamento pela SES.
“O Governo, por intermédio da SES, tem investido não apenas em insumos, mas também em conscientização, acesso e dignidade para as pessoas vivendo com HIV. Com o arsenal terapêutico que temos hoje e as estratégias de prevenção combinada, temos conseguido oferecer qualidade de vida às pessoas que vivem com o vírus,” detalha a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Danielle Tebet. Ela destaca que diagnósticos precoces e tratamentos oportunos são fundamentais para reduzir a transmissão do HIV e garantir um cuidado integral e humanizado.
Indetectável é igual a intransmissível
No Brasil, cerca de 700 mil pessoas estão em tratamento, segundo o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde. Em Mato Grosso do Sul, um balanço parcial do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan) aponta 628 novos casos de HIV registrados em 2024, com 321 desses casos evoluindo para Aids e 157 mortes decorrentes da doença.
Conforme o setor de Vigilância Epidemiológica da SES, o tratamento oportuno e o combate ao estigma são essenciais para enfrentar esse desafio. A Aids, causada pelo vírus HIV, pode ser transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas, transfusões de sangue contaminado, de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação, e pelo uso compartilhado de objetos perfurocortantes.
É crucial entender que ter o vírus HIV não significa ter Aids. A Aids é o estágio mais avançado da infecção, quando o sistema imunológico fica extremamente debilitado, tornando a pessoa vulnerável a doenças graves como pneumonia e tuberculose.
Quando uma pessoa vivendo com HIV/Aids está em tratamento antirretroviral, o vírus pode se tornar indetectável. Estudos recentes mostram que, uma vez indetectável, o vírus também se torna intransmissível, significando que pessoas vivendo com HIV e com carga viral indetectável por pelo menos seis meses não transmitem o vírus por via sexual.