“Ela era uma boa pessoa”. Essa foi a forma como vizinhos e quem conhecia Giseli Cristina Oliskowiski a definiram. Aos 40 anos, Giseli foi morta pelo companheiro Jeferson Nunes Ramos, que já tinha sido denunciado por violência doméstica. Esse foi o o sexto caso de feminicídio em 2025 no estado.
Seu corpo foi encontrada neste sábado (1º) no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande (MS), estava carbonizado e enterrado em uma cova rasa nos fundos de uma residência.
Segundo informações, Giseli foi agredida com pedradas e facadas antes de ter seu corpo incendiado. E quem conhecia Giseli, conta que ela sempre era agredida.
“Ela se envolveu com esse rapaz e ele agredia muito ela. Giseli sempre aparecia muito machucada”, contou uma mulher que sempre que podia, ajudava q vítima com conselhos e um prato de comida.
A mulher, que prefere não se identificar, conta que a vítima sempre apanhava. “Um dia chegou com os dedos todos inchados. Eu não o conhecia, sabia que ele batia muito nela e também do uso de drogas”, lamenta.
Segundo vizinhos, os dois eram usuários de drogas. “Ela tinha formação, e infelizmente teve esse envolvimento errado. Era de boa família. Infelizmente escolhas erradas trazem problemas mas ninguém merece morrer de forma tão cruel, ela com todos os problemas que tivesse era ser humano e uma pessoa super de boa. E hoje quem vai sofrer são os pais e os filhos dela”, afirmou uma moradora do bairro que conhece também a família do feminicida. “A mãe dele também vai sofrer, porque ela é uma boa pessoa, mas não tem culpa das escolhas erradas e da maldade do filho”.
Outra pessoa próxima, afirmou que ela querida “mudar de vida e ir cuidar dos filhos. Sentia muita saudades dos filhos”, afirmou. “Na hora que eu vi retirando seu corpo daquele buraco não acreditei, quinta eu falei com você e você prometeu que ia sair dessa vida, que ia mudar ia atrás dos seus filhos. Você descansou minha linda e esse maldito que fez isso com você, vai pagar”, escreveu outra amiga revoltada.
O caso
O crime teria ocorrido após uma possível discussão entre o casal. Segundo informações iniciais, a vítima teria sido morta a pedradas e em seguida teve o corpo carbonizado e enterrado em uma cova rasa no quintal da residência.
A Polícia Militar foi acionada e ao chegar no local encontrou o suspeito que foi detido por populares e entregue a guarnição. Equipes da Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros também atenderam a ocorrência.
Jeferson recebeu voz de prisão e foi levado à Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher).