Nesta terça-feira (4), um episódio grave de transfobia foi registrado na Clínica CCOR em Campo Grande, onde um médico questionou e humilhou uma paciente trans durante a realização de um exame de ultrassom. Ele teria afirmado que o documento de identidade apresentado pela vítima era falso e proferido ofensas contra a mesma.
De acordo com informações da irmã da vítima, elas teriam ido até a clínica para realizar uma ultrassom nas pernas, no entanto, o médico, ao verificar o nome feminino no documento, fez comentários íntimos e homofóbicos, questionando a identidade de gênero da paciente de maneira desrespeitosa. Após sair da sala de exame, a paciente relatou o ocorrido para sua irmã, e ambos se dirigiram ao primeiro andar para pegar um atestado de comparecimento.
“O médico estava no balcão, eu não o conhecia, e ele já questionou o documento de identidade de minha irmã. Começou a falar em alto e bom som que o documento era falso, que não iria dar resultado de exame e não ia aceitar o RG que minha irmã apresentou e disse: Me dá o documento, cadê o documento”, conta a testemunha.
A mulher então informou que chamaria a polícia já que o médico afirmava que o documento era falso e a reação foi imediata, o médico teria então ido embora da clínica.
A Polícia Militar foi acionada e registrou a ocorrência, orientando os envolvidos a procurarem a Depac centro. No entanto, as funcionárias presentes na recepção afirmaram não poder responder pelo centro médico e alegaram não ter presenciado o ocorrido, apesar de estarem ao lado do médico no momento do incidente.
A tentativa de intimidação por parte do médico gerou indignação e mobilizou a comunidade transgênero. Um protesto está sendo organizado para a tarde de hoje, com a participação de mulheres trans, em frente à CCOR.
A reportagem tentou contato com a clínica, porém não foi possível. O espaço segue aberto para todas as partes se manifes