Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, de 52 anos, conhecido como apóstolo Rina e fundador da igreja evangélica Bola de Neve, morreu no início da noite deste domingo (17).
Rina sofreu um acidente de moto em uma estrada na região de Campinas (SP) por volta das 18h30. Ele estava retornando de um culto em São João da Boa Vista, acompanhado do grupo Pregadores do Asfalto, o motoclube da Bola de Neve, quando perdeu o controle da motocicleta e caiu.
Ele foi socorrido com vida e consciente e levado ao Hospital de Clínicas da Unicamp, mas, segundo relatos de testemunhas do acidente, apresentava várias costelas fraturadas e não resistiu aos ferimentos. A assessoria de imprensa da Bola de Neve confirmou a notícia da morte na noite de domingo.
A igreja é uma das maiores do Brasil, conhecida por atrair fiéis com interesse em esportes radicais, possuindo 560 igrejas em 34 países.
Afastamento Após Denúncias
O apóstolo Rina estava afastado das atividades da igreja desde o início de junho devido a denúncias de agressão contra sua esposa, a pastora e cantora gospel Denise Seixas. Denise obteve uma medida protetiva na Justiça contra Rina após denúncias de lesão corporal, violência psicológica, ameaça, injúria e difamação.
Ele estava proibido de se aproximar a menos de 300 metros da esposa, de familiares dela e de testemunhas do processo, além de ter uma arma apreendida por ordem judicial. Rina negou as acusações e, antes de ser afastado pelo Conselho Deliberativo da igreja, havia anunciado sua intenção de se retirar da liderança para cuidar da esposa, que alegou sofrer de ansiedade.
O caso ganhou repercussão pública após Nathan Gouvea, filho de Denise de um relacionamento anterior, divulgar um vídeo com trechos de uma discussão entre o casal. Nathan também afirmou que o líder religioso planejava internar sua mãe em uma clínica psiquiátrica. Em entrevistas, ele relatou ter sido agredido por Rina, a quem chamou de “morde-e-assopra”.
Além disso, uma ex-funcionária da igreja, de 39 anos, denunciou Rinaldo por importunação sexual. O incidente ocorreu em 2017, quando ela trabalhava para ele, mas o boletim de ocorrência foi registrado apenas em 10 de junho de 2024, após as denúncias de violência doméstica e psicológica feitas por Denise.