Considerada uma das representantes mais firmes da direita no país, a senadora Tereza Cristina (PP) se posicionou pela união do movimento direitista nas eleições deste ano. Em conversa com a reportagem a ex-ministra da Agricultura lembrou que o fortalecimento da direita passa pelo processo de 2024.
“Não acontece 2026 sem passar por 2024, e o momento é agora. Esse é o momento de fortalecer essa união também aqui em Mato Grosso do Sul, onde temos não só o PP, mas também o PL, Republicanos e até mesmo o MDB, que é uma exceção, unido aos partidos de direita no projeto da reeleição da Adriane”, defendeu ela, que entende que esse fortalecimento precisa ser levado em conta mas enfrentar a esquerda em 2026.
A senadora também comentou sobre o posicionamento do ex-presidente Jair Bolsonaro de não dar espaço aos que “jogam contra” as diretrizes das lideranças em relação aos apoios. Para Tereza, cada um pode ter suas opiniões pessoais; porém, é preciso estar atento às diretrizes partidárias.
“Fidelidade partidária, com a minirreforma, não é só uma questão de ética pessoal; também passa pela legislação eleitoral. Mas posso falar pelo PP. No primeiro turno, tivemos deputados que não estavam com a gente, mas que se mantiveram mais neutros, e no segundo turno estão abraçando a campanha da Adriane. Vamos caminhar juntos”, explicou.
Para a ex-ministra, é preciso seguir as diretrizes. “Cada partido decide como agir, e as lideranças tomam suas providências conforme o entendimento”, finalizou.
Vale lembrar que Tereza assumiu a aposta arriscada de apoiar a atual prefeita Adriane Lopes para a reeleição, enquanto Jair Bolsonaro apoiou o candidato do PSDB, Beto Pereira. Na ocasião, apesar da ‘traição’c Tereza manteve a ponderação e evitou criticar Bolsonaro, além de reforçar seu posicionamento direitista.
O intento parece ter dado certo, uma vez que Beto não foi para o segundo turno, ao passo que Adriane ficou em 1º lugar..
Com isso, além do apoio de Bolsonaro, Tereza ainda trouxe o apoio do Governador Eduardo Riedel e conseguiu manifestações públicas de figuras importantes da direita como o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, a senadora Damares Alves e até mesmo a própria Michele Bolsonaro que veio até a Capital prestar apoio para Adriane Lopes.