Após o atentado à residência da prefeita de Jardim e candidata à reeleição, Clediane Matzenbacher (PP), o clima de insegurança levou o 1º secretário da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa (PSDB), a aumentar suas medidas de proteção para uma visita ao município nesta sexta-feira (4). O parlamentar fez um pedido formal ao secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, para utilizar colete à prova de balas durante sua estadia.
O ataque ocorreu na madrugada do último domingo (29), quando a casa de Clediane foi atingida por seis disparos. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois indivíduos em uma motocicleta pararam em frente à residência e dispararam, com uma bala atravessando a janela do quarto onde a prefeita dormia com seu marido. Apesar do susto, não houve feridos, e a Polícia Civil já está investigando o incidente.
Para Paulo Corrêa, o ataque representa uma clara tentativa de violência política de gênero. “É uma forma de intimidação contra uma líder que tem prestado relevantes serviços ao município. Isso constitui um ataque à Democracia, que não pode ser aceito de maneira alguma”, declarou. Ele também afirmou que a resposta virá nas urnas nas eleições de domingo (6), assegurando que “o povo de Jardim não se deixará intimidar”.
Clediane Matzenbacher, por sua vez, reiterou seu compromisso com a comunidade e com os cidadãos que confiam em seu trabalho. “É revoltante que, em uma democracia, pessoas ajam de maneira tão odiosa e criminosa. Não se trata apenas de divergência política, mas de uma tentativa de silenciar todas as mulheres que acreditam em uma política positiva”, desabafou.
Ela também enviou uma mensagem clara aos autores do atentado: “Confio na justiça e afirmo que não desistirei da minha candidatura. Tenho o apoio de muitas pessoas e a solidariedade da população, que percebe melhorias em suas vidas. Vamos lutar e mostrar que a democracia prevalece.”
A situação em Jardim ressalta não apenas os desafios enfrentados por líderes políticos, mas também a importância de garantir a segurança e proteção de candidatos e candidatas, especialmente em um contexto de crescente violência política.