Conforme já mencionado anteriormente em grupos de política e rumores das campanhas, a candidata a vereadora Ana Portela, filha do presidente estadual da sigla, Tenente Portela, recebeu R$ 300 mil da executiva nacional para financiar sua campanha em Campo Grande.
O assunto começou a circular antes mesmo da chegada do dinheiro, já que muitos tinham ciência de que ela seria privilegiada. O valor gerou descontentamento e, claro, uma possível debandada, uma vez que, por ser filha do Tenente Portela, presidente regional do PL, ela recebeu quase seis vezes mais do fundo eleitoral do que os demais candidatos do próprio partido.
Candidatos com nomes “fortes”, como André Salineiro, ex-vereador, e Rafael Tavares, ficaram à margem dessa situação.
Nas campanhas majoritárias de concorrentes, já estão ocorrendo as famosas “procuras” das coordenações, que buscam oferecer não apenas o voto, mas também solicitar apoio para outra candidata a prefeita.
Nem o fato de outras duas candidatas terem recebido recursos aplacou a fúria. Josineide Alves da Cruz, que obteve R$ 50 mil, e Viviane Moura Tobias, que recebeu R$ 40 mil, não fizeram reclamações públicas, mesmo recebendo significativamente menos que a filha do amigo de Bolsonaro.
Ana Portela garantiu que a decisão sobre a destinação dos recursos foi tomada pela executiva nacional do PL e afirmou ao Campo Grande News que os candidatos com maior proximidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro foram priorizados, sem esconder o privilégio.