Nesta quarta-feira (31), a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC/DPE/PCDF), com o apoio da Polícia Civil do Mato grosso do Sul, por intermédio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul (DRACCO), deflagrou a operação interestadual “Destino Final”, onde houve o cumprimento de um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão de bens suntuosos, bloqueios de contas bancárias e sequestro de um carro de luxo em Campo Grande.
A logística da operação envolveu o uso de um avião do Departamento de Operações Aéreas (DOA/PCDF) para o transporte da equipe policial e do preso para o Distrito Federal, onde ele cumprirá prisão cautelar.
Os hackers penetravam as contas de empresas de turismo e de indivíduos com elevado saldo em programas de milhas, emitindo bilhetes conhecidos como “passagens de desistência”, com viagens programadas para ocorrer em até três dias, visando evitar a detecção e o cancelamento por parte das companhias aéreas.
As provas digitais obtidas nos dispositivos eletrônicos serão submetidas à análise do Instituto de Criminalística (SPI/IC/PCDF) para determinar como ocorreu a invasão, a utilização de cartões de crédito falsificados comprados na Dark Web, a emissão de passagens para indivíduos associados ao tráfico de drogas, conhecidos como “mulas”, e a possível lavagem de dinheiro que pode estar financiando uma equipe de vôlei em Campo Grande.
Os indivíduos sob investigação serão responsabilizados por crimes como associação criminosa (art. 288, caput, do CP), invasão de dispositivos eletrônicos (art. 154-A, §§ 1º, 2º, 3º e 4º, do CP), falsidade ideológica (art. 299 do CP), furto qualificado por meio de fraude cibernética (art. 155, § 4º-B, do CP), estelionato através de fraude eletrônica (art. 171, § 2º-A, do CP) e lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei 9.613/98), com penas que podem alcançar até 39 anos de reclusão.