Uma porção de “calma gente” e uma boa porção de torta de climão. Esse foi o clima desta sexta-feira (28) na politica campo-grandense e também estadual. Desde um mega fundo partidário até o pular de um barco – ou seria ninho – que está derrubado nacionalmente, as tratativas envolvem promessas para 2026, mas sem esquecer de 2024.
Senta que lá vem textão.
Amigos de longa data e unidos pelo agro, a senadora Tereza Cristina e o governador Eduardo Riedel tiveram as relações estremecidas após o anúncio de que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto teriam batido o martelo para apoiar o candidato do PSDB na Capital, Beto Pereira.
O fio é longo mas a trend direitista é cheia de ingredientes novelescos como traição, dinheiro, poder e um toque de Paola Bracho, por parte de Reinaldo Azambuja, o todo poderoso ex-governador.
Tudo começou na terça-feira quando após o ex-governador André Puccinelli desistir de disputar as eleições e apoiar os tucanos, Reinaldo resolveu que ganhar de W.O. seria mais legal.
Como se sabe, desde sempre Tereza Cristina está buscando desde sempre o apoio de Bolsonaro para a prefeita Adriane Lopes, que foi para o PP com direito a pompa e circunstância, para concorrer diretamente com Beto, desafeto de Tetê desde os tempos de guri.
Aproveitando que Tereza está viajando para os EUA, ele sentou com o deputado federal Marcos Pollon (aquele que dizia que o PSDB é de esquerda), Riedel e o tenente Portela, que além de ser suplente de senador, também se intitula BFF de Bolsonaro, cargo que aliás garantiu a ele, por meio de chantagem, a vaga na suplência de Tetê Cristina.
Eles então combinaram uma viagem para Brasília onde foram conversar com Bolsonaro e Costa Neto, que juram jura Dinho terem sido reuniões separadas, já que os dois estão proibidos por decisão judicial de se falarem e tricotarem.
Antes de Riedel embaçar, Tereza foi avisada que a reunião iria acontecer. A ex-ministra então tentou falar com Riedel, mas sem sucesso.
Então na quinta-feira (27) Riedel, Reinaldo, Pollon e o BFF desembarcaram em Brasília para aquela conversa marota. Falaram sobre o tempo, sobre as queimadas no Pantanal (mentira), sobre o preço do sabão em pó e claro, sobre política.
O teor real? Ninguém sabe.
Mas saíram de lá com o apoio de Bolsonaro a Beto Pereira e em troca teriam prometido a Costa Neto, que, em 2026, tanto Reinaldo, quanto Riedel estarão no PL para disputa do pleito. Riedel a reeleição do Governo e Azambuja a vaga no Senado.
Mas como no meio do caminho havia uma pedra, havia uma pedra no meio do caminho e essa pedra tem nome de Tereza Cristina.
Como reagiria a ex-ministra ao saber que, agora, Bolsonaro está apoiando Beto? Como encaixar ela num projeto sem incluir Adriane?
Até mesmo Valdemar da Costa Neto, experiente no quesito tacar o F nos acordos, ficou preocupado em não deixar Tereza mais nervosa do que quando sobe preço do agrotóxico.
Fato é que: Valdemar tentou – em entrevista para o jornal A Onça inclusive – dourar a pílula de que houve sim quebra de acordo com essa conversa de “pode ser que haja apoio sim” e de que a conversa “é para a eleição de 2026”.
O acordo já está selado e fontes ligadas a reportagem garantiram que Tereza ficou sim muito brava com a bolada nas costas e que em breve as mudanças partidárias devem acontecer.
Afinal, além do nome de Bolsonaro ser o preferido do eleitorado em Mato Grosso do Sul, o PSDB minguou nacionalmente deixando os candidatos sem duas coisas mais importantes para os candidatos: tempo de TV e dinheiro.
Resumo:
- Bolsonaro já fechou acordo sim para apoiar Beto Pereira;
- Tereza foi traída por Reinaldo e Riedel e está P da vida;
- Valdemar disse que Riedel é quem vai acalmar Tereza e “encaixa-la no projeto”;
- Adriane não se posicionou;
- Riedel depois de colocar fogo no parquinho foi ver o fogo no Pantanal com aquele pessoal da esquerda.
- Beto Pereira tá se maquiando para o lançamento da pré candidatura no Sextou do ninho.
E se algum dos citados quiser desmentir a história toda, o espaço está aberto.