Filhas de Ivan Júnior Marquezan Cunha que foi assassinado aos 55 anos, com requintes de crueldade por sua própria mulher, esperam que a justiça finalmente seja feita no juri que acontece nesta quinta-feira (25) em Campo Grande.
Neste ano, o crime que ocorreu em 1 de dezembro de 2017, completou 6 anos. Ivan levou golpes de um peso na cabeça enquanto dormia. “O processo ficou parado durante anos e a dor não acabou. Esperamos que com o julgamento ela seja presa e finalmente possamos ter a sensação de justiça. Queremos a condenação da assassina do meu pai”, afirma Monique às vésperas do júri.
Além de Monique, suas duas irmãs de 21 e 18 anos, sofrem diariamente com a demora do julgamento. “Além da falta que meu pai me faz, temos a sensação de injustiça já que ela não ficou presa e entra com vários e vários recursos para não ir a julgamento. Nada trará a vida do meu pai de volta, mas ela tem que pagar pelo crime que cometeu”, conta a filha Monike.
A filha conta que a dor é tamanha que elas evitam falar sobre o que sentem. “O julgamento é um momento em que vamos ter a oportunidade da Justiça ser feita pelo meu pai e pelo combate a impunidade. Não podemos mais conviver com a sensação de impotência diante da injustiça é o que mais nos indigna e queremos que ela seja julgada e presa. Que vá a júri e lá seja dada a sentença,”.
O Júri está marcado para esta quinta-feira, 25 de abril, às 8h no Plenário do Tribunal do Júri.
O crime
Ivan foi encontrado morto no quarto de sua casa, no Bairro Amambaí, em Campo Grande. Os policiais foram chamados após o empresário não ir trabalhar. A denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) aponta que “certo que a autora se valeu de recurso que dificultou a defesa da vítima, visto ter agido com a intenção de surpreender a vítima, já que Ivan encontrava-se deitado, repousando em sua cama, sem que pudesse esboçar qualquer reação eficaz de defesa, pois não esperava tal investida no momento de seu repouso noturno.”
“Meu pai foi morto e a perícia apontou que não havia sinais de luta ou defesa. Foi golpeado com violência enquanto estava dormindo e sem chance. Depois de morto ainda sofreu acusações sem chance de se defender e R$200 mil levados da imobiliária que ele trabalhou a vida toda para construir. É revoltante quando lembro do quanto ele foi acusado”,
Não houve nenhuma informação sobre o montante levado da empresa da vítima na época do assassinato.