Para quem tem animais de estimação, entende que uma das principais preocupações diárias com a saúde do seu animal é a exposição aos carrapatos. Aqueles que possuem pets em suas residências devem estar sempre atentos às infestações que são extremamente incômodas e podem resultar em enfermidades sérias para o animal.
Os carrapatos são seres parasitas que depositam ovos e se alimentam do sangue dos seus hospedeiros. Normalmente, os principais alvos são os cães, entretanto também é possível encontrá-los em felinos. Esse parasita pode transmitir doenças como Erliquiose ou Babesiose, causando sintomas como perda de apetite, letargia, sangramentos pelo nariz ou gengivas e, em situações mais críticas, anemias que podem requerer transfusão sanguínea no animal.
A Subsecretaria do Bem-Estar Animal (SUBEA), alerta para os cuidados que devem ser tomados com os animais. De acordo com a veterinária da Subea, Natália Rocha, mesmo animais que não tem acesso à rua, estão sujeitos a pegar carrapato. “O carrapato consegue viver até 200 dias no ambiente sem se alimentar, então caso no elevador transite animais que possuam o parasita, ele pode ficar naquele ambiente por muito tempo e contaminar outro animal”. Por isso, a veterinária destaca que o tutor deve sempre estar de olho do seu animal. “Eles [carrapatos] costumam se esconder por dentro das orelhas, virilha, rabo por ser ambiente quente e úmido”.
Natália chama atenção para os cuidados necessários quando confirmada a presença de carrapatos no animal. Para ela, o primeiro passo é o tutor procurar um veterinário de confiança que conseguirá indicar o melhor tratamento para aquele animal, já que hoje no mercado existe uma variedade de medicações, coleiras, shampoos e spray que auxiliam no combate ao parasita. Ela ressalta ainda que tratamentos caseiros tem baixa eficácia com o carrapato, podendo até ser prejudicial para o animal, causando intoxicação.
A veterinária destaca que a ‘doença do carrapato’, como popularmente é conhecida, tem cura, porem é longa e precisa de comprometimento do tutor. “O antibiótico precisa ser ministrado por 28 dias consecutivos, não podendo falta um dia. Caso contrário, pode comprometer o tratamento” explica ela, que ressalta ainda que para casos como de Charme e Pedrinho, que estavam bem debilitados, foi necessário receitar outros medicamentos para que eles pudessem se restabelecer mais rápido.
“O tratamento é basicamente o mesmo, precisando ser mudado somente se ocorrer resposta negativa do organismo ao tratamento inicial, nesses casos se torna necessário um exame para especificar qual o protozoário que está causando a infecção”.
Ao longo deste mês, a Subea está realizando a campanha Abril Laranja – Contra Maus-Tratos Animais, e intensificou as orientações e fiscalizações sobre maus-tratos na Capital, ressaltando que animal com infestação de carrapatos, que o tutor não procura tratamento, configura crime e pode responder na justiça.
Consultas
A Prefeitura de Campo Grande, através da Subea, disponibiliza consultas veterinárias gratuitas às segundas, terças, quintas e sextas-feiras. São distribuídas 15 senhas pela manhã, a partir das 7h30, e 15 senhas pela tarde, a partir das 13h. O tutor deve ir até a unidade de atendimento com o seu animal, além de documento com foto, comprovante de residência e o número do NIS.