Uma viagem para a Europa custou nada menos do que R$ 10 mil aos brasileiros. Mas quem foi dar uma “voltinha” por lá com tudo pago pela Câmara dos Deputados, foi o deputado federal Marcos Pollon (PL/MS). No total os brasileiros pagaram pelo menos R$ 72,8 mil para que parlamentares bolsonaristas pudessem viajar para Bruxelas para acompanhar eventos da direita no Parlamento Europeu e denunciar “violação dos direitos humanos” no Brasil. Os dados foram trazidos pelo site O Jacaré em matéria escrita pelo repórter Richelieu de Carlo.
Armamentista e dono de discurso “menos Estado”, Pollon não só participou participou da comitiva bancada com dinheiro público em “missão oficial” como também apresentou gastos de R$ 10.072,98 aos cofres públicos. Valor que pode aumentar, considerando que o relatório com os custos das passagens aéreas está pendente.
De acordo com os dados do portal da transparência foram quatro diárias e meia pelo valor unitário de R$ 2.238,44 arcadas pela Câmara. A justificativa para o gasto foi “participação em reunião de grupo de parlamentares europeus e latino-americanos, entre outras atividades no Parlamento Europeu, em Bruxelas, Bélgica, entre os dias 10 e 12 de abril.
“Agora na UE em Bruxelas (Bélgica), denunciamos a violação dos direitos humanos e as atrocidades contra a constituição brasileira! O mundo está começando a saber o que acontece no Brasil”, publicou Pollon em suas redes sociais no dia 10 abril. Dois dias depois, o sul-mato-grossense esteve no Tribunal de Haia, onde apresentou “uma petição denunciando todos os arroubos e abusos que assolam a democracia no Brasil”.
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Vale lembrar que eles foram para o exterior para tecer críticas ao presidente Lula e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo a oposição, o magistrado estaria censurando e perseguindo a direita no Brasil.