O relato doloroso de uma mulher vítima de estupro dentro de um hospital, quando estava com COVID, mostra o quanto é importante a justiça agir. O crime foi cometido por um profissional de enfermagem, que não foi punido pelo Conselho Regional de Enfermagem.
“Saiu um peso muito grande das minhas costas. Se o Coren não me fez justiça e foi corporativista passando pano para um estuprador, a Justiça me tirou esse peso”.
Ela foi vítima de estupro dentro do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul em fevereiro de 2021 quando estava no local para receber atendimento.
Em maio de 2023 o homem foi absolvido durante audiência de processo disciplinar no Coren (Conselho Regional de Enfermagem). À época dos fatos, a defesa do enfermeiro alegou que só a palavra da vítima não era prova suficiente.
“Fui desacreditada pelo corporativismo do Coren e ainda creio que ele seja preso”, afirma a vítima.
“Passei mal durante a noite do dia 3 de fevereiro, com vômito e falta de ar, e percebi quando o enfermeiro começou ir no meu quarto, passou a me apertar e passar a mão em meu corpo”, contou durante a investigação.
Segundo a vítima num determinado momento, o profissional de saúde retornou ao leito com “óleo de girassol”, passou nos dedos e começou a abusar da vítima.
O estuprador foi condenado pela Justiça foi de oito anos e seis meses referente ao crime de estupro de vulnerável.
A sentença dada pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande foi lida no dia 1º de março e foi divulgada à imprensa nesta quinta-feira (7) e a vítima conversou com nossa reportagem nesta sexta-feira, 8 de março, dia da Mulher.
Ele ainda poderá recorrer da decisão, pois já respondia ao processo em liberdade, no entanto, a vítima ainda espera que ele seja preso.