Rubens Chagas Matos, pai de Lívia Matos, morta após encontro com o meia Dimas Cândido, do sub-20 do Corinthians, entregou hoje (8) o celular da jovem à delegada responsável pelo caso.
O pai da jovem levou o celular dela e o prontuário médico, de acordo com o advogado da família, Alfredo Porcer. Ele chegou à 5ª Delegacia da Mulher, na zona leste de São Paulo, por volta das 10h (de Brasília).
“Está sendo juntado um prontuário médico, que oficialmente não existia, nós não tínhamos a informação de que a lesão era de cinco centímetros. O que eu posso falar é que realmente está ali, hoje é oficial, uma lesão, uma laceração de 5 centímetros, e a autoridade policial que vai analisar tudo isso”, explicou Porcer.
Dimas compareceu novamente ontem (7) à delegacia e depôs por quase oito horas. O advogado dele falou com a imprensa e afirmou que seu cliente não havia cometido “crime nenhum”.
Encontro
A estudante de enfermagem de 19 anos e o atleta, de 18, marcaram de se encontrar no dia 30 de janeiro. Eles se envolveram sexualmente na casa do jogador, e Lívia morreu após o ato.
O jogador e a jovem se conheceram pelas redes sociais e aquele teria sido o primeiro encontro deles, segundo o advogado do jovem. Eles tiveram relações sexuais com preservativo antes de Dimas perceber que a mulher não estava se sentindo bem, ainda de acordo com a defesa.
Dimas ligou para o Samu, prestou socorro e acompanhou a jovem até o hospital, por volta das 19h (de Brasília). Os socorristas a atenderam ainda no apartamento. A vítima sofreu quatro paradas cardíacas e não resistiu.
Médicos constataram uma fissura de cinco centímetros na região genital da vítima como fonte da hemorragia, segundo consta no boletim de ocorrência. O Jogador prestou depoimento como testemunha e foi liberado.
O caso foi registrado como morte suspeita. A polícia informou que no apartamento de Dimas havia manchas de sangue. O local foi preservado para a realização da perícia. O caso foi registrado pelo 30º DP, no Tatuapé, e transferido para a 5ª delegacia de defesa da mulher.